A colisão dos corpos, o calor do momento. Poder se IA. Nem silêncio cabia. Era tudo movimento. Era som, era cor, era meia luz e certeza inteira.
Noite caindo, vinho p
                                 i
                                   n
                                     g
                                       a
                                         n
                                           d
                                              o. Era tanto pra falar e tudo pra descobrir. Olhos que penetravam outr'alma. Mãos que quase dançavam tentando se tocar enquanto se desvencilhavam. Resistiam e entregavam-se cada vez mais. Sem perceber. Na virada da vitrola. Na nota cantada outrora desafinada por quem era habituada apenas a ouvir. Momento. Condensavam-se ali. Inertes ao fulgor. Mal se conheciam mas pouco se importavam. Se importavam apenas, e naquele instante, se bastavam.

Pra ouvir:

"Histórias são Histórias, não tenha Medo de vive-las ..." Cury, Augusto.

Eu era. Tu eras. Nós erramos. (Antônio, Eu me chamo) 

Reconhecer o Erro.  Não repeti-lo. Não insisitir.

Pessoas são tao diferentes ao mesmo tempo que são tão iguais.

Exposição. Abrir-se. Confiar Sem Medo. Medo. Faz você se recolher. Se fechar. Achar que cometeu um erro .

Sinceridade. Clareza.Ser. Tão forte que pareço ao mesmo tempo que uma fragilidade toma conta de mim. No fundo sou apenas uma menina. Que se entrega. Até demais. Que erra. Que era.

Enxerga o que ninguém vê. O que o próprio coração não entende. Enxerga o belo no totalmente oposto a ela. Vê semelhança noutro. Tola.

Eu sempre escrevo pra mim. O que me motiva São MEUS receios. MEUS risos. Minhas histórias e meus momentos. Hoje escrevo por você. Que escreve pra você também. Que me escreve em vários momentos, sem saber. Responsável ou irresponsável pelo que cativa. 

Qual história você quer contar pro mundo? 

Qual personagem quer ser dentro dela?
Ninguém se entrega ao outro por necessidade ou obrigação. [Ele disse] Ninguém precisa se achar no dever de se conectar a alguém. [Disse ela] Nada acontece por obrigação. O mundo tá cansado de mesmice e de gente que se baseia na história alheia. E eu tô muito cansada desse mundo. [Disseram eles. Em uníssono] Minha bipolaridade me assusta.Sou feita de chiliques. Choros e gargalhadas. Sinceras. E tantas. (e eu adoro isso). Fujo de mim ao mesmo tempo que voo atrás do encontro do meu eu. Por algum momento enxerguei alguma coisa diferente nesse discurso, num discurso outro. Por alguns momentos compartilhados, por alguns segundos de corpos entrelaçados. Sequidão. Sinergia. Papo froxo. Sorriso Lerdo. Bobagem. Tolice. Nada de mesmice dentro de um momento muito igual a qualquer outra situação, no mínimo, deliciosa, da vida.

Explosão de tempo. Acorda. Tic-tac do relógio e o tempo volta a correr como sempre foi. Acaba o sorriso. Acaba a mesmice desconexa. Acaba o encantamento. Acaba o querer sem querer de verdade. Acaba. Acaba tanto . Pra mim e pra você, o olhar alheio. Alheio ... ao tempo, ao momento, até do que poder IA ser.

Pra Ouvir:

"Iluminada pela lua. Eu, fazendo várias perguntas. Tudo parece tão efêmero. Esse sentimento é o que me invade nessas horas de silêncio e "solidão". Hoje eu tomei um banho bem gelado de cachoeira, andei no mato, e vi quando o sol se pôs e deu lugar para essa lua linda aparecer. Um descanso na minha loucura. Eu já sei que não adianta nada disso, porque meus pensamentos me perseguem por onde eu vou. Muitas vezes, me encontro sozinha na minha memória..." ( ZUMPANO, Ana)

É engraçado re-ler os amigos. E mais engraçado ainda ver como eles falam mesmo por nós em momentos tão distintos da vida, EssAna caminha comigo por longos 10 anos. Lado a lado. E nossos passos estão sempre em sintonia. Hoje eu li. Escrevo. E ela fala por mim. Anos atrás. 

Pra ouvir:

"... E vai entender da forma mais maluca do mundo, que o amor bate a porta e a gente precisa estar pronto pra recebê-lo, e ele bagunça tudo e traz alguém pra te ajudar a arrumar!  " ( Paz , Luiz Felipe)

Das desordens.  A Menina Dança, apanha, Levanta, Sacode a Poeira, re-Dança, rodopia, cansa. 

Julgue-me o Mais INSANO dos mortais. ESTOU Só-rindo. Alma l

                                                                                      e 

                                                                                        v

                                                                                          e-me!

Pra Ouvir:

" Basta-me um pequeno gesto feito de longe e de leve, para que venhas comigo e eu para sempre te leve..." Meireles, Cecília. [Essa é uma das que muitas vezes falaram por mim. Palavras belas, leves, levinhas...]

Das coisas belas das vida a melhor ainda há de ser o amor. O amar. O Há mar.
Boba da menina que ainda não se deixou levar pela leveza de um sorriso frouxo. Pela simplicidade de uma cantada barata ou pela beleza de uma dor bem doída do amor não correspondido.
Deixa se levar. Ser levada. Doida varrida de sentimento.

Ainda me encanto fácil. Me entrego ao gostar. Me iludo com promessas babacas.

Acredito... E credito isso ao mais tolo dos homens que já insistiu em roubar meu coração.

E como menina tola que sou, me permito ser furtada algumas vezes mais, porque afinal de contas, aonde está a graça da vida? Arranquem-me sorrisos e pedaços que eu mesma trato de me reconstruir!

Pra ouvir:

tAQUIcardia, falta de ar, não conseguir dormir, ou apenas não querer. Sintomas. Efeitos de encontro.
Gostar de graça. Ser. Momento. Ter. Ater-se. Ter se. Atar-se. 
Se estende por linhas, pontos, vírgulas e re
                                                             ti
                                                               ...
Termina no ponto. Final. Recomeço. Não querer ter fim. Querer descobrir, descobrir-se. Cobrir-se. Coragem para expor momento. SEMtimento, disse ela.

Pra ouvir: